MinC tirando dos ricos e dando aos pobres!



Eu não sei o que deu na cabeça da empresa Raleigh Industries
para associar o nome do medieval cavaleiro Robin Hood a um de seus modelos de bicicleta lançado entre os anos 50 e 60 do século passado.

Da mesma forma, não sei o que levou
Paulo Pélico, diretor da Associação de Produtores de Espetáculos Teatrais de São Paulo (Apetesp), a chamar em tom depreciativo de Robin Hood o discurso do Ministro da Cultura, Juca Ferreira, sobre as mudanças na Lei Rouanet propostas pelo governo.

Por que mudar?

Primeiro que a Lei Rouanet, desde a sua criação, sempre objetivou ser uma espécie de Robin Hood, responsável por viabilizar recursos do governo e de empresas privadas para a população que não tem condições de reaver esse dinheiro de outra forma.

Uma lei com esse objetivo e importância
não pode seguir o passo lento que desejam os contrassensos às mudanças sugeridas pelo ministério, mas deve caminhar, ir pra frente, moderninha, assim como o Robin Hood da Raleigh Industries.

Por isso, mudar os critérios de seleção dos projetos avaliados pela Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (Cnic) se faz necessário, porque foram eles que em 1995 favoreceram, com mais de 8 milhões, o ator Guilherme Fontes e sua mamusca Yolanda Machado Medina Coeli para produzirem o filme Chatô, o Rei do Brasil.

O chato foi o que o filme nunca chegou aos cinemas. E o dinheiro ó... (Veja o processo deles no site do Ministério da Fazenda aqui).

Da mesma forma, aqueles que tiveram a sorte de ter seu projeto financiado pela Lei Rouanet e fizeram o favor de concluí-lo não podem esquecer do compromisso que tem com a população, que indiretamente pagou por aquele produto.

A idéia de o governo explorar a obra realizada apenas para fins educacionais não significa quebrar o direito do autor, como sugeriu tendênciosamente a Folha de S. Paulo. Um estudo realizado pelo próprio MinC constatou que "poucas vezes o cidadão tem conhecimento da atividade cultural que foi realizada com 100% de dinheiro público".

Nada mais justo que essas obras financiadas possam ser usadas, durante um tempo, para fins educacionais, como serem transmitidas em rede nacional pela tv pública TV Brasil, ou exibições ao ar livre, chegando a pessoas que não teriam condições financeiras ou acesso às formas tradicionais de transmissão de cultura.



E mais:

Acesse ao texto integral do projeto de lei e saiba como contribuir, enviando sua sugestões ao governo:

http://blogs.cultura.gov.br/blogdarouanet/2009/03/23/como-participar-da-consulta/


Comments :

11 comentários to “MinC tirando dos ricos e dando aos pobres!”
Tainá disse...
on 

Nossa que absurdo :O gastarem um dinheirãão e o filme não chegar aos cinemas, muito legal da sua parte mostrar isso, informar já que eu não tinha nem idéia disso :~

Bom tbm acho que NADA MAIS JUSTO que essa obra seja usada para fins educacionais

Rebeca . disse...
on 

não é justo isso,os filmes não chegarem ao cinema e ganharem tanta grana.
sucesso pra ti.

Cruela Veneno da Silva disse...
on 

pois é. e esse filme (que não foi lançado) é só um dos tantos.

Fabiano Che disse...
on 

tudo que envolve dinheiro sempre tem uma maracutaiazinha básica

jakared disse...
on 

lembro que ha alguns anos e foram muitos, eu vi o Guilherme fontes na tve no programa Roda viva falando que o que realmente atrapalhou ele foi a impressa que desceram a lenha nele, e acabou que ele nao conseguiu capitalizar uma parte que faltava pra finalização do megamovie...e houve outros filmes que embora com problemas fiscais foram finalizados e vistos, como o guarani e o carlota joaquina, Mauá e outros

marcos leite disse...
on 

tenhos que tirar desses Hipócritas suas riquezas e dar para quem necessita!

Vinícius*Magalhães disse...
on 

tenhos que tirar desses Hipócritas suas riquezas e dar para quem necessita! [2]

Anônimo disse...
on 

tenhos que tirar desses Hipócritas suas riquezas e dar para quem necessita! ³

Anônimo disse...
on 

Nossa o povo gostar de ganhar dinheiro facilmente sem ao menos fazer um esforço, ridiculo

bones disse...
on 

Acho que o ogverno devia ficar de fora do cinema.
Ainda falta um talento motor no cinema brasileiro, algo do tipo mazzaropi, sem política envolvida. Fosse outra a história, seriamos apontados como país de cinema e não de carnaval.enfim...
Grato pela visita. E tenha certeza que o Ohh das cianças não foi pelo movimento e sim pela intensidade do movimento. Um abraço.

Anônimo disse...
on 

é, cada associação que as pessoas fazem hj em dia... o cinema nacional já é super agitado, o governo ainda veta! por isso que o brasil é um berço de cultura

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